O Congresso está atento às manifestações deste domingo, 16 de março, que ocorrerá em Copacabana, no Rio de Janeiro. Uma pesquisa do instituto Ranking dos Políticos, obtida pelo jornal Estadão, mostra que a anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro já conta com leve maioria de apoio no Congresso Nacional.
Na Câmara, 50% dos deputados ouvidos defendem a proposta, enquanto 41,8% são contrários. No Senado, os favoráveis somam 46,2%, contra 38,4% que rejeitam a medida. Além disso, parte dos parlamentares preferiu não se posicionar.
O levantamento entrevistou 110 deputados de 18 partidos e 26 senadores de 11 siglas nos dias 11 e 12 de fevereiro, respeitando a proporcionalidade partidária. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
Se cravar maioria no Congresso, a proposta pode avançar se levada à votação. Para ser aprovada, precisa do aval da chamada ‘maioria simples’ dos parlamentares presentes nas sessões da Câmara e do Senado. Caso passe pelas duas Casas, dependerá da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode vetá-la. Ainda assim, o Congresso tem a prerrogativa de derrubar o veto presidencial.
O projeto segue engavetado na Câmara, aguardando análise de uma comissão especial antes de avançar na tramitação. Além da anistia, o texto abre espaço para pontos sobre sua possível repercussão jurídica, inclusive no caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A confiança dos brasileiros no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou queda, segundo a pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta quinta-feira (13). O levantamento aponta que 58% dos entrevistados afirmaram não confiar no petista, enquanto 40% disseram confiar.
A pesquisa, realizada entre os dias 7 e 11 de março, ouviu 2 mil pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O número de brasileiros que não confiam em Lula aumentou seis pontos percentuais em relação à última pesquisa, realizada em dezembro de 2024.
O levantamento indica que a confiança no presidente é maior entre: Moradores do Nordeste (55%)
Pessoas com ensino fundamental (50%)
Católicos (50%)
Eleitores com 60 anos ou mais (50%)
Quem recebe até um salário mínimo por mês (49%)
Já os grupos que mais desconfiam do presidente são: Evangélicos (70%)
Quem tem renda superior a cinco salários mínimos (73%)
Moradores das regiões Norte e Centro-Oeste (66%)
Pessoas de outras religiões ou sem religião (66%)
Quem tem ensino superior (65%)
Além da queda na confiança, a pesquisa revela um aumento na avaliação negativa do governo Lula. Para 41% dos entrevistados, a gestão é ruim ou péssima. Outros 27% classificam como ótima ou boa, enquanto 30% consideram o governo regular. Apenas 1% não soube ou não quis responder.
Este é o primeiro levantamento do Ipsos-Ipec no terceiro mandato de Lula em que a avaliação negativa supera a positiva. Os dados mostram que a insatisfação é maior entre evangélicos e eleitores de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. Por outro lado, a gestão do petista tem melhor avaliação entre católicos e moradores do Nordeste.